segunda-feira, 31 de outubro de 2011

NOVOS RECURSOS TÉCNICOS PARA MELIPONICULTURA

 

NOVOS RECURSOS TÉCNICOS, NOVOS CAMINHOS PARA CRIAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO

 

 

As colméias redondas modelo 'MITSIOTIS' imitam a forma dos refúgios naturais, que são os troncos de árvores ocados, nos quais as abelhas sem ferrão nidificam, para se protegerem das chuvas, ventos, frio, calor e também de inimigos e predadores.

As colméias redondas feitas de madeira são as 'ferramentas' adequadas para pesquisas científicas, propiciando resultados de maior precisão, pois este modelo de colméias proporciona às abelhas todas as condições necessárias para que elas possam ORTONIDIFICAR.

Sabe-se que quando um enxame de abelhas sem ferrão, de qualquer espécie, instala-se numa colméia de forma perfeita, como de fato são as colméias redondas modelo ‘MITSIOTIS’, as abelhas integrantes do enxame conseguem ORTONIDIFICAR, e ao ortonidificarem, automaticamente reduzem o custo de manutenção e funcionamento fisiológicos do ninho das mesmas. Reduzem então o que podemos definir como “Custo Colônia”, de forma análoga como se convencionou definir como “Custo Brasil”, os custos que oneram a sociedade de forma desnecessária, evitável.

Por outro lado, quando as abelhas integrantes do enxame forçosamente nidificam, por causa de ausência de alternativas, em refúgios naturais ou em colméias, de formas e ou dimensões tais que impõem a elas a mudar (distorcer) a forma fisiológica de seu ninho - portanto excluem-se para as abelhas todas as possibilidades de ORTONIDIFICAREM - o “Custo Colônia” aumenta proporcionalmente ao grau da distorção ou de mudança da forma que sofreu o ninho das abelhas.

E sabe-se que, em primeiro lugar, são as abelhas que vivem em ninho não ORTOFORME que pagam o “Custo Colônia”, com maior consumo de mel, maior desgaste físico desnecessário para contornar os obstáculos e ou vencer todas as dificuldades, principalmente, as de manter a temperatura do ninho das crias ao nível adequado para incubação das crias. E em segundo lugar, é o criador das abelhas que “paga” o “ Custo Colônia”, pois colhe menos mel ou qualquer outro produto da colônia de abelhas, que ele visa colher.

As abelhas sem ferrão de qualquer espécie “sabem” ortonidificar e de fato elas ortonidificam sempre, desde que os refúgios naturais que elas encontrem favoreçam. Este “saber” está no DNA delas. O único que desconhece as leis que controlam a ortonificação nas espécies de abelhas eussociais é o homem com seus interesses egoísticos de qualquer natureza.

É relativamente fácil de se perceber que a ortonidificação convém tanto para as abelhas quanto para os criadores das mesmas, e por isso tanto os cientistas quanto os criadores deveriam primar por ela. Qualquer teste ergonômico referente ao trabalho das abelhas em cada modelo de colméia, conduzido com imparcialidade, confrontando as colméias NÃO REDONDAS (retangulares) com as colméias REDONDAS (cilíndricas) modelo ‘MITSIOTIS' feitas de madeira, poderá confirmar essas afirmações. Em testes ergonômicos, os modelos retangulares de colméias inventados e ou modificados com objetivo de aperfeiçoá-los, durante anos de estudos e dedicação às abelhas sem ferrão, conforme descrito em livros, NÃO PASSARÃO no teste. Certamente serão reprovados.

Abaixo explico os porquês.

Os autores de livros e os inventores de colméias não levaram em consideração os benefícios advindos da ortonidificação, uma vez que não são encontrados em seus livros ou artigos até a presente data, referencias a ela, bem como sua importância para a sobrevivência de cada espécie e sua perpetuação.

Nas ultimas seis décadas foram inventados diversos modelos de colméias para abelhas sem ferrão. Há os retangulares de expansão vertical que permitem que as abelhas construam seu ninho verticalmente, mas há também os modelos de formato retangular horizontal, que obriga as abelhas a nidificarem como se fosse em um ninho de tronco deitado. Estes foram os primeiros modelos com o nome de colméia racional e estão em uso até hoje.

Em refúgios naturais, os ninhos das abelhas são de expansão vertical: os potes do mel e do pólen, ocupam lugares em cima e em baixo do ninho das crias. Então o ninho das crias que é a área que ocupa o invólucro que envolve os favos de crias fica entre os dois grupos de potes de mel e pólen.

Depois de abatida uma árvore que abriga uma colônia de abelhas, se o tronco for deixado na posição horizontal, deitado, obrigatoriamente ficará deitado também o ninho das crias e potes de alimento que nele há. O cilíndrico ninho das abelhas, de expansão vertical, após deitado, sofre mudança radical em sua forma. Será reconstruído pelas próprias abelhas, que forçosamente abandonarão a ortoforma fisiológica, para mudá-la para uma forma de ninho das abelhas, de expansão horizontal (não cilíndrico). Os potes de mel e de pólen, no ortoninho das abelhas (ninho em tronco vertical) ocupavam lugares em cima e embaixo do ninho das crias, porém na nova forma (ninho em tronco deitado, horizontal) ficam localizados à esquerda e à direita do ninho das crias, isto é, ninho com formato antifisiológico. Infelizmente essa é a forma de ninho das abelhas sem ferrão que vários modelos de colméias em uso, impõem às abelhas. Repetindo para ênfase: Ninho das abelhas construído segundo a forma de ninho em TRONCO DE ÁRVORE DEITADO, aumenta o “ Custo Colônia”, por que são ninhos das abelhas arquitetonicamente antinaturais.

Distingue-se ainda a colméia cilíndrica modelo ‘MITSIOTIS’ como a verdadeiramente racional, por ser um modelo que, por sua forma poupa as abelhas de desgastes físicos desnecessários, uma vez que não há cantos de paredes das câmaras (módulos) para preencherem com própolis, batume ou geopróprolis, como costumam fazer, principalmente as mandaçaia. A forma cilíndrica do modelo ‘MITSIOTIS’ é a forma perfeita, sendo necessário apenas fazer ajustes na altura e diâmetros de câmaras, adequando-as para cada uma das mais de trezentas espécies eussociais que se encontram no continente.

Por tanto, em toda a história da criação e cultura de abelhas sem ferrão, e com todos os modelos inventados por diversos criadores e ou cientistas até a presente data, o único modelo de colméia para abelhas sem ferrão, que PRIMA e FAVORECE 100% a ortonidificação é o modelo ‘MITSIOTIS’ e, por isso com esse novo recurso técnico, abrem-se novos caminhos para esse ramo de atividade e ciência.

É minha contribuição para com a criação e cultura de abelhas sem ferrão de espécies nativas das Américas.

Em Jaraguá, São Paulo, SP., Brasil.

Nikolaos Argýrios Mitsiotis

E-mail: nikeeper@terra.com.br

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Um comentário:

  1. Olá
    Comecei no mês de abril de 2012 a brincar com as tais ASF.Para isso comprei o primeiro enxame(jataí)que veio com ninho e sobre ninho.Em seguida comprei mais três (jataís) essas com caixa diferente ninho(+- 15 cm)e melgueira com +- 25 cm.Pois na minha concepção algo fora de senso.Pensei fazer circular(projeto em autocad).Depois pesquisei e só encontrei por acaso a tal ¨mitsiotis¨,que diga-se de passagem,ninguém usa,acredito que em função do custo de fabricação(torno,furadeira,etc).Mas enfim só escrevi para saberes que não estás sózinho com a idéia.Brevemente vou fabricar algumas para meu uso,posteriormente mando fotos.Parabens!!! Edgar Sperb Novo Hamburgo RS

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